Eu, professora desde 2008, carrego em minha mochila, algumas coisas novas, de uns tempos para cá.
O que antes era mais leve (e superficial, automatizado), hoje ganha volume, intensidade e pede mais personalização.
O projeto que usávamos por dois, três anos seguidos para a mesma série de um nível escolar, já não se repete mais de um ano para o outro.
O planejamento que funcionava no ano passado, hoje precisa ser mudado.
A responsabilidade que eu tinha de “transmissora” de conhecimento, já não me pertence mais.
As informações estão em todos os lugares, ao alcance da maioria dos nossos alunos. Então, transmiti-las, já não depende só de mim.
O que me cabe hoje é orienta-los nessa enxurrada de informações que recebem o tempo todo.
E a mochila?
A minha mochila está mais pesada… agora como condutora, orientadora e curadora (não “apenas” transmissora), cabe a mim desenvolver muitas habilidades, estar próxima, ouvir, acolher, reconhecer as diferenças e personalizar o processo de aprendizagem.
Ah mas que absurdo! A nossa mochila sempre foi pesada!
Nós temos muitas responsabilidades em sala de aula!
Sim… tem razão… nossa mochila sempre foi pesada… e ela vem aumentando de peso com o passar dos anos… porque nossa profissão está se transformando, mesmo que em pequenos passos.
E sim.. temos que “carregar” mais peso… ou como eu prefiro encarar:
Temos mais coisas na mochila pra ensinar, pra aprender, pra compartilhar.
Se você não quer carregar sua mochila pesada, sinto muito… alguém vai aparecer e vai carregá-la para você!
A escolha é sempre nossa! E o lembrete é sempre válido: Nossa missão é educar, guiar e conduzir os alunos como seres humanos.
O mundo lá fora mudou, então sim… a jornada do saber também está mudando… o que significa que os alunos mudaram, e que você professor, também tem que mudar.
Não tenha medo. Olhe para frente. Colha a coragem e a sabedoria de que precisa para construir essa nova estrada. E siga. Siga amando, acolhendo, ensinando e aprendendo.